Tudo o que você precisa saber sobre o ISSN

ISSN revistas e livros

Você provavelmente sabe o que é ou já ouviu falar sobre ISSN (International Standard Serial Number), mas você conhece a fundo o ISSN?

Para o pesquisador que está publicando uma revista científica, anais de eventos ou mesmo uma série de livros, saber como  ou quando registrar e usar o ISSN é parte essencial do trabalho editorial. Já para os acadêmicos que não estão envolvidos no processo de editoração e publicação, saber usar corretamente o ISSN é importante para lhe dar mais desenvoltura ao citar trabalhos e procurar bibliografia.

Se esse é seu caso, não se preocupe, nós, do Galoá, fizemos a pesquisa por você e resumimos neste post tudo o que você precisa saber sobre o ISSN.

O que é o ISSN?

O ISSN (International Standard Serial Number) ou, em português, Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas é o código utilizado internacionalmente para identificar títulos de publicações seriadas como revistas, anais de eventos ou séries monográficas.

O ISSN é um identificador exclusivo para um título específico e contínuo em uma determinada mídia de publicação.

O código é intransferível, diz respeito a um determinado título e deve constar em cada exemplar da série, acompanhando as publicações durante toda sua existência. Uma revista, por exemplo, tem um ISSN para o seu título e cada exemplar seguinte deve apresentar o ISSN referente a esse título. No entanto, não é necessário um ISSN diferente para cada edição.

O que são publicações seriadas?

Segundo a definição NBR 10525:2005 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), uma publicação seriada é caracterizada como “Publicação, em qualquer suporte, editada em partes sucessivas, com conteúdo corrente, designação numérica e/ou cronológica e destinada a ser continuada indefinidamente.”

Isso inclui uma variedade ampla de publicações, como periódicos, magazines, jornais diários, anuários, memórias, anais de congressos, publicações de sociedades, séries monográficas e suplementos independentes.

Um breve histórico sobre o ISSN

O ISSN foi desenvolvido na década de 1970, oficializado pela ISO (International Organization for Standardization) em 1998 e revisado em 2007, a fim de atender a necessidade de uma identificação breve, única e inequívoca para publicações em série. O ISSN surgiu apenas alguns anos depois de seu irmão mais velho, o ISBN, sistema similar para identificação de livros.

Através da ISO 3297:2007, a atribuição do ISSN foi delegada ao Centro Internacional ISDS (Sistema Internacional de Dados das Publicações em Série) desde 1993, conhecido como Centro Internacional da Rede ISSN. No Brasil, ele é representado pelo Centro Brasileiro do ISSN (CBI), parte do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). A rede ISSN é intergovernamental, representada por 89 centros nacionais e regionais em todo o mundo e comandada pelo Centro Internacional do ISSN em Paris.

As regras do ISSN foram desenvolvidas de forma a ser compatíveis com outros padrões internacionais, como é o caso do ISBN (International Standard Book Number), sistema padronizado para identificar livros de acordo com a edição, usado desde 1967 e oficializado em 1972 pela ISO 2108:1972. O ISBN não distingue publicações seriadas, função que foi atribuída ao ISSN quando foi oficializado anos depois.

ISSN e outros sistemas catalográficos

Além do registro do ISSN, existem outros dois códigos que podem ser usados para sua publicação: o ISBN, que identifica livros por autor, título, editora e edição, e o DOI (Digital Object Identifier) que distingue qualquer arquivo digital para que ele não se perca na internet.

ISSN e ISBN

O ISBN é um sistema catalográfico que identifica publicações de acordo com título, autor, país editora, e até edição. É controlado pela Agência Internacional do ISBN, representada no Brasil pela Fundação Biblioteca Nacional desde 1978 em parceria com a Fundação Miguel de Cervantes.

Diferente do ISSN, o ISBN distingue livros e publicações monográficas, sendo específico para cada edição. Assim, cada edição de uma publicação recebe individualmente o código ISBN, enquanto o ISSN é utilizado exclusivamente para distinguir o título central de publicações seriadas.

 ISSN e ISBN para livros: qual devo usar?

No caso de livros, é importante entender a diferença entre coleção e série, pois recebem catalogação diferente.

A coleção é definida como um conjunto de itens diferentes reunidos sob um título comum, por exemplo uma coleção de contos infantis, com um título central como “Contos de fadas” e com um número de títulos independentes dentro da coleção, como “Branca de Neve”, “Cinderela” e outros. Nesse caso, é atribuído um ISBN para o título da coleção e outros para cada edição dentro dela.

Já uma série é um conjunto de itens separados que recebem, além do título de cada item, um título coletivo. Por exemplo, uma série chamada “Série Legislação Acadêmico Forense”, recebe um ISSN, referente à série e um ISBN para cada edição que faz parte da série, como “Legislação Acadêmico Forense – volume 1”, “Legislação Acadêmico Forense – volume 2”. Assim, um mesmo livro pode ter ISSN e ISBN, sendo um deles referente ao título da série e o outro referente a cada volume da mesma.

Já com anais de evento, em geral, vai ser atribuído um ISSN para os anais e, em alguns casos, um ISBN para cada volume.

ISSN e DOI

Caso você esteja publicando um periódico científico é fortemente recomendado que além do ISSN você também obtenha um DOI.

O DOI é um código alfanumérico para objetos digitais ─ ou seja, publicações feitas na Internet ─ que garante que o objeto esteja disponível para consultas, assegurando com um link permanente a perenidade e identidade da publicação. Além disso, o DOI facilita consultas e a contagem de citações sobre o objeto.

O DOI pode ser usado em qualquer publicação que esteja disponível online, como edições de revistas online, preprints, proceedings de conferências e e-books.

Para revistas e anais de eventos, o DOI e o ISSN são complementares. O número do ISSN faz parte dos metadados registrados para um DOI, aliando ambos os códigos para otimizar o acesso à publicação. Por isso, para depositar o DOI de uma revista é necessário ter um código ISSN.

Cada publicação tem necessidades específicas, mas nós do Galoá podemos ajudar você a registrar os DOIs e ISSN de sua publicação! Entre em contato conosco!